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Especialistas da Universidade Federal dos Urais fazem um adsorvente com eficiência de 99,14%

Aug 03, 2023Aug 03, 2023

Cientistas da UrFU, juntamente com colegas do Egito, sintetizaram um adsorvente para purificação de águas residuais a partir do corante azul de metileno (amplamente utilizado nas indústrias têxtil, de plástico e de papel). A eficiência do adsorvente foi comprovada através de testes – até 99,14% do corante industrial é neutralizado. Este é um indicador extremamente alto, já que a eficiência da maioria dos análogos é, no máximo, 90%.O novo adsorvente é seguro porque é baseado em celulose – um dos materiais mais ecológicos do planeta. O baixo custo e a alta eficiência do adsorvente poderão torná-lo atraente para projetos globais no futuro, como a limpeza de rios. Mais detalhes são publicados em Relatórios Científicos. “Nosso desenvolvimento pode ser útil para uso em estações de tratamento de águas residuais para reduzir a poluição de águas residuais. Prevenirá consequências negativas para o ambiente e terá um efeito benéfico na saúde dos organismos vivos. Ao contrário de seus análogos, nosso adsorvente é ambientalmente seguro, eficaz e possui baixo custo de produção. Durante os testes, o percentual máximo de remoção de substâncias nocivas atingiu 99,14%. No futuro, isso nos permitirá usar nosso adsorvente para projetos globais, por exemplo, para limpar grandes massas de água de corantes industriais”, explica Ismail Hossein, pesquisador do Laboratório de Nanomateriais Funcionais e Nanodispositivos da UrFU. O corante azul de metileno é usado para tingir algodão, lã e seda na cor azul brilhante. Também é usado em fábricas de têxteis, papel, borracha, plásticos e produtos fotográficos. Até na medicina é muito procurado, por exemplo, é utilizado no tratamento de infecções do trato geniturinário. Como resultado, esse corante geralmente acaba em águas residuais. E isso representa um risco para a agricultura, a pesca e a saúde humana. O adsorvente é à base de nanofibra de celulose, um material seguro e reciclável. Outros componentes incluem carvão ativado, óxido de grafeno e nanotubos de carbono. Essas substâncias possuem alta capacidade de adsorção e aumentam a eficiência de absorção de corantes nocivos. Ao combinar essas substâncias e transformá-las em um polímero, os cientistas conseguiram usar a eletrofiação, uma tecnologia simples, ecologicamente correta e barata para produzir nanofibras.“Estudos recentes confirmaram o uso da celulose como material adsorvente natural. A celulose é um polissacarídeo natural e inclui uma grande quantidade de glicose. Isto lhe confere propriedades atrativas – renovável, não tóxico, biodegradável, grande capacidade de absorção de corantes. A celulose é um constituinte de muitas plantas, como algodão, linho e madeira. A celulose pode ser facilmente extraída deles e usada para criar um adsorvente”, comentou Ismail Hossain. Segundo os cientistas, a porcentagem máxima de remoção do corante do ambiente aquático é alcançada em 180 minutos. No futuro, os pesquisadores planejam continuar trabalhando nessa direção e modificar o adsorvente. Em particular, está prevista a aceleração do processo de purificação, bem como a ampliação da lista de substâncias nocivas disponíveis para remoção.